Mixar no Linux - Parte II - Baixo

Bom, hoje é domingo, eu to com uma dor de cabeça violenta, e mesmo assim vim escrever aqui, por que espero que sejam importantes essas informações pra vocês, hehehe. Ele é o super grave, o alicerce por sobre onde a música é feita, é o peso, a força, responsável pela união de ritmo e melodia, sim meus amigos o grandioso contrabaixo!! De uns anos pra cá ele deixo de ser apenas mais um integrante da cozinha para trabalhar de verdade na música. É mais ou menos um zagueiro que faz lá seus gols. Então vamos nessa, algumas diquinhas para o baixo na nossa popular tabela de referência:

Use o high pass filter para cortar entre 40 e 50Hz, isso dará mais clareza nos graves

60...80Hz dá corpo, peso (Q=1.4)

Em baladas pop, costuma-se explorar a faixa entre 80-100Hz para dar mais peso.

Em muitos baixos, a região entre 120 e 350Hz é aquela onde está a "personalidade" do instrumento. Para sonoridades mais quentes é justamente aqui que você irá trabalhar.

400...500Hz reforce para mais clareza na melodia (Q=1)

700...1000Hz ataque (Q=1.4)

2000Hz região da "voz" em baixo fretless, legal destacar para solos

1,500...3000 pegada e inteligibilidade (Q=1.4)

5000...7000Hz slap, "dedilhado" (Q=1.4)


Como você pode notar nem só de graves vive o baixo, portanto partindo desta idéia temos muitas frequencias para trabalhar e também boas surpresas durante a mixagem. Mas para chegar até aqui temos que gravar bem. Prefira o baixo ligado a uma Direct Box, microfone pode sujar muito o som dele (mas se for um baixo acustico fica legal o mic). Os ajustes de eq no amplificador ficam ao gosto do músico. Quanto à compressão: use ataque entre 10 e 50ms (a depender do instrumento, "pegada" do baixista e claro do tipo de musica) e release em cerca de 250ms. Se o compressor tiver a função automatica, use. Ajuste o threshold para uma redução de ganho entre 6 e 9dB nos picos, isso irá ajudar o som a ter consistência sem parecer artificial.
Nunca use reverb no baixo, isso quase sempre dá %$&*&##$
Use distorção, exciter, chorus, flanger ou açúcar a gosto...

É isso galera bons sons ae, e melhoras pra mim...

PS: . aaaaaiii minha cabeça...

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Mixar no Linux - Parte I - Bateria

amos começar pelo começo... hehehehe
Usaremos para definir o “Bandwith” a letra “Q” que é o padrão nas notações em audio, e vamos ao primeiro instrumento A BATERIA! Lembrem-se que ela é um único instrumento e não um conjunto de tambores separados, logo ela deve soar como um único instrumento ok?


Bumbo:

+3dB em 70...90 (Q=1.4) Aqui fica o peso do bumbo

-6dB em 300...400 (Q=1.4) Reduz som de “papel”

+4db em 2000 até 4000/5000 (Q=1.4 a 2.8) Mais ataque (batida da maceta)

+3dB em 12 000 ou mais (Q=0,5) Harmônicos artificiais criados pelo mic e/ou pré

As freqüências acima não são exatas, varie entre os extremos. Quando você achar que falta algo no procure as freqüências chave e busque o som desejado. Em minhas (péssimas) experiencias sempre achava que pro bumbo aparecer deviamos meter grave. Isso de certa forma é um erro. Um exemplo de ajuste que costumo usar hoje em dia: um reforço entre 60 e 100Hz (para dar o "peso"), e diminuir em algum ponto entre 200 e 500 (ou até 2000 a depender da musica), para não conflitar com outros instrumentos. Se quiser que o bumbo "cressa" mais, dê uma subida em 4000 e perto de 12.000 – terá mais kick sem aquela sonoridade “anos 80"... Por falar nisso o impacto do bumbo fica em torno dos 80Hz. Trabalhem bem essa região e terão a recompensa.

Pratos

Use o high pass filter em 200 ou 300Hz para eliminar a “sujeira”
-3 a 6dB 400Hz menos ambiencia, mais clareza (Q=0.7 a 1)
+3dB 7.000...10.000 mais brilho, dureza (Q=1.4)
+3dB 500Hz acentua o som de sino (Q=1)

Tons

Os valores variam dependendo dos tamanhos mas, normalmente as chaves estão em:

+3 / 120...200Hz corpo (Q=1 a 1.4)

-6 / 400...500Hz reduz "som de caixa de papelão" (Q=1.4)

-4 / 1,500 reduz "som de barril" (Q=1.4)

+4 / 4000...5000Hz ataque e presença (Q=1.4 a 2.8)

+4 / 7000 sons metálicos (Q=1.4 a 2.8)

Surdo

Nem sempre lhe é dada a devida importância mas tem seu valor principalmente em grooves e no samba

+3 / 80 ...160Hz corpo (Q=1 a 1.4)

-6 / 300...400Hz reduz "som de caixa de papelao" (Q=1.4)

-4 / 1,500 reduz "som de barril" (Q=1.4)

+4 / 4000...5000 ataque, presença (Q=1.4 a 2.8)

+4 / 7000 som metálico (Q=1.4 a 2.8)

Caixa

Essa peça pode dar características bacanas a uma música, há quem diga que boa parte da personalidade da bateria está nela por isso temos que ter cuidado ao equalizarmos.

No rock pesado, boa parte do som da caixa fica entre 120 e 400Hz, faixa que deve ser bem explorada.

Para um som de "caixa de papelão" (as vezes desejado), trabalhe entre 800 e 1200 Hz. Para abafar, eq pode não resolver - use um abafador, que pode ser uma fita adesiva grossa presa à pele, ou um anel cortado de uma pele velha, posto sobre a nova.

A "presença" da caixa se localiza entre 1000 e 3000 ou 2000 e 4000, a depender do diâmetro e profundidade. Acentue para reagae.

A região do "estalo", o som da baqueta na pele, é mais pronunciado entre 4 e 8kHz. Enfatize aqui, para um som mais "fino".

Se usar vassouras (tipo "broom"), mais comuns em musica leve, tenha cuidado para não reforçar demais os agudos e estragar o timbre.

High pass filter cortando entre 80...100Hz ajuda a dar clareza

+2 / 200...300Hz mais corpo em caixas "finas" (Q=1 a 1.4)

+3 / 1000...3000 mais presença (Q=1.4 a 2.8)

+4 / 5000...7000 mais ataque (estalo)

Galera por enquanto e isso, e lembrem-se, isto não e uma recita de bolo, use como guia inicial mas nunca definitivo...

Definitivo só seu ouvido ok?

PS: . Não esqueça de comentar...

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Mixar no Linux - Prólogo

Vou iniciar a partir de agora uma nova série aqui no blog! Sabe, logo que comecei a mixar meus trabalhos apanhava pra caralho. Eram baixistas pedindo mais “chão”, vocalistas dizendo que precisava de “brilho” na voz, guitarristas dizendo que a guitarra tava muito baixa, bateristas querendo um som penetrante, mesmo usando pratos rachados e peles velhas em baterias desafinadas. Bom, eu nunca fui de desistir e naquela época a mais de dez anos atrás, fui atrás de respostas na poderosa internet. É verdade, naquela época não havia orkut, e o icq era a melhor forma de se comunicar, e discutir assuntos especiais? Sim, via grupos de mail e foi neles que me escrevi. Foram muitos os grupos em que eu participava mas, o que mais me ensinou a trabalhar meus sons foi o Audiolist, do fantástico Edu Silva!
Desde já devo dizer que descobri que podia melhorar muitas coisas no meu som, e que outras eram impossíveis sem instrumentos e equipamentos descentes. O fato é que tudo o que aprendi naquela época ainda me é útil hoje. Bem, vou mostrar pra vocês apartir hoje, um dos meus “segredos” de mixagens para que meus trabalhos sempre fiquem com qualidade próxima ao dos profissionais...



Bem, vocês lembram do meu primeiro post né? Que falava dos ladspas favoritos? Pois bem, para mixar eu uso principalmente em cada trilha: um compressor, um filtro e um equalizador. Os compressores são sempre parecidos no linux, por isso escolha o que você achar mais confortável, sugiro o SC4 caso você já tenha familiaridade com eles, mas caso você nunca tenha usado compressores sugiro o Dyson. O filtro que iremos usar normalmente é o High Pass Filter, ele tem apenas o controle de cortes, é bem simples, e por isso prefiro ele. Já a equalização será feita com o poderoso TAP Equalizer/BW!! Este plugin é um Equalizador de oito bandas, com banda ajustável de centro freqüências. Isto permite que você faça todos os ajustes tonais para adicionar aquela coloração profissional a cada instrumento, e chegar a um resultado excelente.


Agora algumas dicas sobre o EQ/BW: Você só gasta em termos de uso da CPU, para as bandas que você realmente esteja utilizando, é recomendável que você defina os ganhos das bandas desnecessários exatamente a 0 dB (você pode fazer isso no Ardour rapidamente usando shift + clique sobre o fader), bandas com 0 dB serão ignorados, economizando processador. Então não deixe um ganho na banda -0,12 dB a menos que você realmente precisa que -0,12 dB nela, ok?

Outra coisa importante é que direcionarei as informações para ferramentas e programas do Linux, mas nada impede que você use os valores aqui mencionados em outros softs, de outros sistemas operacionais e até mesmo em equipamentos reais em seu estudio, afinal, freqüências sonoras são sempre freqüências sonoras, ou seja, universais em qualquer ambiente. A única dferença provávelmente será que o EQ/BW trata todas as frequencias em Hz, e os equipamentos mencionam acima de 1000Hz como 1K, mas isso são detalhes irrelevantes ao meu ver.

E mais outra coisa, não use essas dicas como receitas de bolos, minha idéia não é lançar um guia definitivo para suas produções, e sim um ponto de partida para suas mixagens. Lembre-se seu ouvido é seu melhor amigo!!

Valeu

PS: . Caso o EQ/BW não funcione direito em sua distro use algum outro equalizador paramétrico. Existe um de 4 bandas (4-band) que é muito bom também...

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Baterias realistas com Hydrogen

Bom, alguns produtores adoram baterias com sons sintéticos. E o pior é que em algumas composições ficam fantásticas com o som sintético. Querem exemplos de baterias nada reais mais que ficam muito legais no resultado final? Escutem Jota Quest, U2, Queen... eles tem diversos sons que usam bateras sintéticas e que ficam muito atraentes. E claro, a grande maioria das músicas do (falecido, mas eterno) Michael Jackson usa bateras sintéticas e a sonoridade no final fica PERFEITA, muito massa mesmo. Esse tipo de batera pode ser feito com muita facilidade no Hydrogen. Mas...
Se você é um desses produtores que assim como eu, curte sons de batera mais orgânicos, beirando a realidade, pode ter certeza que no Hydrogen, se atendo a alguns pequenos detalhes você pode chegar a um realismo surpreendente. Capaz de enganar até os ouvidos mais experientes. Vou mostrar a vocês como agora:

1 – Prefira kits com timbres parecidos com os de uma bateria real (obvio né?) e se for multi camadas (ou seja, com mais de um som por peça, dependendo do volume com que a peça é “tocada”) melhor ainda. No nosso exemplo, estou usando o Big Mono que tem 16 camadas por peça.


2 – O “Random Pitch” do Hydrogen é uma arma fantástica para dar mais realismo a suas bateras. Mas atenção, tenha cuidado para não fazer sua batera parecer um conjunto de “tonhoinhóins”. O random varia de peças para peça, as mais graves podem ter um Random maior, mas, nas peças mais agudas o Random tem que ser mais leve, ok? Vai pelo ouvido...


3 – Essa é importante, na hora de “escrever” a sua batera no Hydrogen pense como um baterista. As peças nunca são tocadas com a mesma intensidade. Então quando estiver montando os padrões, preste a atenção nos hit hats, bumbos, caixas, conduções, pratos, tons, surdo, rufos, e ataques. Varie os volumes e ouça, aliás, mais que ouça, sinta. Gesticule como se você mesmo estivesse tocando a batera (desde que não tenha ninguém olhando né? Não vai dar uma de louco na frente dos outros huahuaahu... e se te virem não diga que leu isso aqui, huahuhauhuahuauha) e sinta se realmente parece que o trecho foi executado por uma baterista humano.


4 – Efeitos com Hit Hat tornam sua bateria quase incontestável. Caso esteja tocando um rock muito pesado onde o hit hat fica aberto na condução da música o som de uma batida nele não pode embolar com a próxima. As “abridinhas” de hit hat que terminam com o mesmo sendo fechado com o pedal também são bacanas mas devem ser bem feitas. O lance é a duração. Coloque o ponto no na linha do hit hat e depois clique sobre ele com o botão direito do mouse e arraste até o ponto desejado. Isso irá gerar uma faixa azul, que irá determinar a duração do som. Legal, né? Use a mesma técnica nos pratos quando quiser que o baterista “segure” o prato depois de um ataque... Vai ficar muito legal.


5 – Alguns kits soam muito “secos”. Isso não é bom numa batera que tem a intenção de parecer real, pois, ao gravar uma batera real sempre temos vazamentos de som das peças nos microfones das outras, e claro temos a ambiência do local, que é captada pelos overs. Solução? Use um reverb do tipo Plate, ou mesmo um reverb que tenha a opção “Drum Room” e principalmente guie-se pelo seu ouvido, ele é o principal responsável por sua bateria parecer mais real!!


Isso ae, espero ter ajudado ae!!
Peço que me desculpem a demora nas postagens mas nesta semana que passou estive muito doente e só hoje me sinto um pouco mais saudável para escrever-vos.

Paz

PS: . Que diabos é Toinhonhóins?? Hehehe também não sei, mas faça o teste, enfileire umas dez batidas de caixa e coloque o random dela no máximo, você vai ver se não parece uns “tonhoinhóins” uhauhauhauha

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Contrabaixo no LINUX


Ae galera, belezinha?

Então, há alguns dias venho procurando na net algumas coisas para baixo no linux. Gente não achei nada. Nem um simuladorzinho de amp acreditam? Pois bem, inicia-se aqui oficialmente o movimento “BAIXISTAS NÓS AMAMOS VOCÊS” huahuahuahuaha.


Sabendo da dificuldade de achar aplicativos direcionados ao “senhor dos graves” decidi estudar uma maneira de criar (ou recriar?) presets que baixistas possam usar em suas gravações.
Para isso pesquisei durante muitos dias e consegui desenvolver através de LADSPAS no JACK RACK, 5 modestos presets de amps para baixistas. Tem um que simula o amp dos Beatles no Yellow Submarine, outro que lembra o amp usado pelo Marcus Miller no CD M2. E tem um que parece um AMPEG, e outro que... Enfim, a idéia é que você possa conectar seu baixo no Jack Rack e meter grooves sem muito stress.


Todos os presets são “very clean” para que você possa ter liberdade de um uso bem genérico. Esta é minha humilde contribuição pra galera das 4 cordas. Estes presets foram feitos no Ubuntu Studio 8.4, mas podem ser usados em qualquer distro que tenha os mesmos pacotes LADSPA instalados, ok?

Chega de conversa né? Segue o link pra download abaixo:

http://www.4shared.com/file/114278824/fa6f3209/Clean_bass_blog_studiolinuxbrtar.html

Espero que curtam e comentem o que acharam...

PS: . Também sou baixista galera, por isso minha preocupação com a falta de armas pra nós no linux hehehe

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O estranho mundo de JACK - Epílogo

Olá amigos!!
Pelo que eu fiquei sabendo vocês estão aterrorizando vizinhos desde que adquiriram conhecimento suficiente para configurar o JACK e decidiram gravar seus ensaios. Hehehe. Parabéns!!
Que bom que vocês vem lendo o blog!!
Pois bem, vamos ao epílogo desta história sobre O Extranho Mundo de JACK, curtam só:


1. Uma coisa muito engraçada é que o JACK normalmente não lida com sons dos navegadores de internet. Então não se desespere se você for olhar aquele video do youtube e ele estiver mudo enquanto o JACK estiver rodando. Isso é normal, feche o JACK se quiser ver seu vídeo (feche e reabra também o navegador).

2. A maioria dos players pra linux rodam normalmente sem o JACK, mas podem rodar sob o JACK se forem configurados, praticamente todos possuem opções para rodar nele.

3. Você sempre precisa de baixa latência para gravar e se ouvir não é mesmo? Um tempo abaixo de 20ms é considerado regular, mas o ideal é que a latência durante a gravação seja inferior a 10ms, então bora lá! Durante a gravação busque (na medida do possível e de preferencia sem xruns) uma latência pequena. Um dos segredos é durante a gravação não rodar plugins desnecessários neste momento (desabilitando-os) e rodar apenas os programas mesmo crus (isso baixa consideravelmente a possibilidade de xruns).

4. Para mixar, não esquente com latência, pois ela não faz diferença neste momento. Por tanto na hora de mixar coloque-a acima de 60ms ou 70 ms, afinal, com a latência alta o processador trabalha mais tranqüilo, e a memória também, sendo assim você pode encher de plugins as trilhas hehe.

5. Lembre-se que você pode salvar suas configurações no JACK, isso lhe dá mais agilidade na hora de trocar de gravação para mix.

E para aqueles amigos que não conseguiram rodar o JACK em Real Time mesmo usando kernel RT tenho uma diquinha humilde mas que funciona e é barbada. Saca só basta editar como root o arquivo /etc/security/limits.conf , onde você deve incluir:

@audio - rtprio 99
@audio - memlock unlimited
@audio - nice -19

Estas linhas devem estar imediatamente acima de “# End of file” além de liberar o “Realtime pra quem não podia fazê-lo”, isso vai melhorar o desempenho do kernel em audio também.

Bom galera, espero que esta série de postagens lhes sirva pra alguma coisa!

Fui Galera!!!

PS: . Vai em paz Michael Jackson... … Engraçado é que alta galera (principalmente da área politica) que se morresse seria um alívio, continua viva, que foda...

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O estranho mundo de JACK - Parte III

Conexões

Olá amigos, hoje vou falar das conexões no jack. É aqui que tudo acontece!
Para você entender melhor o funcionamento das conexões imagine um estúdio tradicional. Você já deve saber um pouco como funciona né? Se você toca guitarra (ou viu já prestou a atenção nos guitarristas) sabe que tem que ligar a guitarra em um pedal e o pedal no combo para tocar e talz. Vou exemplificar com uma figura:



Essa figura tosca mostra como é ligada uma guitarra a dois e efeitos e um amplificador. O OUT da guitarra é ligado por um cabo ao IN do primeiro pedal. O OUT deste primeiro pedal é ligado no IN do segundo pedal. Este, por sua vez, tem seu OUT ligado ao IN do amplificador. A figura não mostra, mas o OUT do amplificador está ligado no IN do auto falante. E conseqüentemente o OUT do auto falante está ligado ao IN dos seus ouvidos. Toda essa ladainha é só pra dizer que o esquema de conexões no JACK trabalha no bom e velho sistema IN e OUT.
No JACK as conxões são exatamente assim...
Isso parece comum, mas na verdade é um recurso que eleva seu estúdio a padrões inimágináveis, uma vez que praticamente qualquer aplicação pode ser ligada a outra via JACK.
Algumas conexões são feitas de forma automática como é o caso da imagem abaixo onde o Ardour está gerenciando os audios existentes no projeto e ligado-os ao mastes que por sua vez é ligado no playback da placa de audio.


Não é fantástico?
Mas, alguns aplicativos tem que ser conectados manualmente. Não é difícil basta seguir a mágica regra do IN/OUT hehehe...
Vamos há um exemplo ligando seu controlador midi ao ZYNSUBADDFX (que nome mais feio, tá loco). Basta ir na aba ALSA e ligar a entrada midi de sua placa de som ao ZYNSUBADDFX já que ele por padrão já está ligado automaticamente a sua placa de som... veja:



Moleza não é? Apesar de não ser tão prático, posso precisar que este modo de trabalho lhe dá uma liberdade tão grande que você nem tem idéia. Afinal, você poderá qualquer aplicação a outra e ainda gravar numa terceira ou quarta, ou sei lá ligar diversas aplicações umas a outras e gravar o resultado final. É muito ampla a aplicação das conexões, tanto que eu poderia falar delas durante muito tempo, vai nessa galera mãos a obra!!!

PS: . Existe um outro princípio que utiliza o IN e o OUT e que normalmente gera depois de nove meses uma belíssima criança (huahuahuahua)

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O estranho mundo de JACK - Parte II

Configurando a o Jack


Bom, agora sim chegaremos ao coração do Jack, é muito importante que você leia e até releia o que está escrito aqui, por que o SETUP deste aplicativo é tão poderoso que só realmente sabendo o que significa cada parâmetro você chegará ao máximo do sistema de audio da distro escolhida! Saibam que as configurações que realmente farão toda a diferença estão na primeira aba (hehehe).

JACK SETUP / SETTINGS

Aqui está a parte de configurações que realmente faz diferença neste duelo de titãs que é travado por LATENCIA x XRUNS. Aqui todo o “tempo que você” perder tentando configurar vai valer a pena, mas com este tutorial fica um pouco mais fácil de saber como você deve proceder para resolver os problemas que eventualmente possam estar ocorrendo com seu Jack.

ATENÇÃO: O JACK se comporta muito melhor rodando sobre KERNEL-RT se você não tem ainda, não conseguirá rodar ele em sua plenitude e em tempo real ok? (a menos que aconteça um milagre).


Bem vamos ao que interessa, as configurações:

1- DRIVER = aqui você pode escolher o Driver de som que você mais goste (ou que melhor funciona em seu sistema) eu sinceramente ainda não conheci nenhum mais compatível que o ALSA.

2- REALTIME / PRIORITY = Ativando o Realtime seu jack trabalhará em tempo real! Mas para que ele funcione corretamente seu kernel deve estar configurado para trabalhar neste modo. Caso você esteja usando uma distro customizada para audio basta ativar o Realtime e tudo estará funcionando. Caso sua distro não seja específica pra audio sugiro que leia “O Estranho Mundo de Jack – Epílogo”. Em Priority você escolhe a prioridade que o audio terá no sistema (quando o Realtime estiver rodando), o site oficial do projeto indica valores entre 70 e 80.

3- NO MEMORY LOCK / UNLOCK MEMORY = Aqui você irá escolher de que maneira o JACK irá utilizar a memória nos processos de audio. Caso for trabalhar com wine ou GTK+ ative o UNLOCK. Nestas duas opções você também tem a possibilidade de resolver problemas como por exemplo a tela não atualiza sincronizada com o áudio (pois o jack estaria se atravessando em alguns acesso a memória dos processos gráficos).

4- SOFT MODE = Habilitado ele esconde e ignora os XRUNS do sistema. Eu sinceramente desaconselho o uso desta opção no processo de audio profissional, por que ela acaba enganando a gente. Mas se depois de configurado o jack seu numero de XRUNS for realmente pequeno você pode habilitar este modo.

5- MONITOR = Esta opção cria saídas e entradas virtuais de monitoramento para processos de áudio em tempo real que sua máquina esteja executando. Seria uma maneira de conseguir um retorno em tempo real, conectando os monitores aos playbacks. Caso você não conecte nada de diferente acontecerá. Para o monitor funcionar corretamente sua placa de som deve ter suporte para este recurso.

6- FORCE 16BIT = O padrão do JACK é 32bits, mas como você sabe os CDs atuais ainda usam a taxa de 16bits na masterização final. Então, caso você tenha problemas com o desempenho do seu JACK forçá-lo a trabalhar em 16 bits é uma boa opção.

7- H/W MONITOR/METER/IGNORE = Suporte para monitoramento de medidas fornecidas diretamente pelo seu hardware, claro, se sua placa tiver esta opção.

8- VERBOSE MESSAGES = Refina a saída de mensagens, fazendo com que as mensagens reportadas, com diagnósticos e evetos sejam comunicados em tempo real.

9- MIDI DRIVER = Bom, pelo nome você deve saber o que é né? Hehehe

10- CONFIGURAÇÕES DE AMOSTRA = Essas configurações (Frames/Period, Samplerate, Periods/Buffer, WordLenght, Wait e Channels) correspondem diretamente a velocidade da captura, tamanho dos “dados”, e mais algumas opções que equilibram a latência. O SAMPLERATE USADO NO JACK DEVE SER O MESMO QUE SERÀ UTILIZADO POR TODAS OS SOFTS DE AUDIO INSTALADOS NO SISTEMA, caso ele não seja o mesmo em todos, pode ocasionar estalos, xruns, e funcionamento incorreto dos softwares.
Frames/Period e Period/Buffer baixos são rápidos e requerem mais processamento dedicado e conseqüentemente baixam a Latência, por outro lado, não será possivel trabalhar com latência tão baixa com processadores lentos e sample rates muito altos. Baixas latências sempre exigem processamento alto. Portanto, se você pode abrir mão de um pouco de latência este é um lugar onde você pode compensar um pouco a falta de memória e processamento de sua máquina. Teste até encontrar o ponto G do sistema (hehe).
As outras opções ("Word Lengh", "Wait" e "Channel") não são configuráveis pelo módulo ALSA, mas também tem relação com a manipulação e tamanho das amostras. Para testá-las mude o Driver lá de cima, mas se usar ALSA não precisa se preocupar (3 coisas a menos para configurar, hehe).

11 - PORT MAXIMUM = Define o máximo de portas que o jack vai poder lidar. Para aumentar o desempenho escolha o menor número de portas possível, o valor recomendado pelo site do projeto é 128.

12 - TIMEOUT = Esta opção seta o tempo de saída dos processos baseado num pequeno atraso de "sincronização" nesta saída. Você pode também fazer alguns testes de desempenho com esta opção para ver como seu sistema trabalha melhor com essa opção.

13 – START DELAY = define um atraso no inicio das aplicações no JACK, ideal para o sistema se “organizar” para “receber” as novas aplicações, o normal desde valor é 2 segundos.

14 – INTERFACE = Aqui você vai escolher a placa de som que vai trabalhar como prioritária em seu sistema, caso tenha mais de uma.
15 – DITHER = Dither é um processo de "suavização" matemática que pode ser necessário no seu processamento de áudio quando existem conversões de taxas de amostragens diferentes ou mesmo quando existem conversões de volumes, aplicações de filtros de freqüencias. Se você esta sentindo algum tipo de distorção em algum processamento que o jack está transportando pode experimentar estes algoritmos.

16 – AUDIO = Aqui você pode escolher no que sua placa vai se dedicar, se em captar, ou reproduzir, ou ainda nas duas coisas ou seja DUPLEX, que é o padrão.

17 – IN/OUT DEVICE e CHANNEL = Bem, aqui você define entradas e saídas, depedendo da sua placa, ou suas placas, um recurso bem interessante. Caso queira usar só a placa padrão escolhida anteriormente deixe todos em DEFAULT.

18 – IN/OUT LATENCY = você já deve saber pelo nome né? Deixe em default para usar o máximo de seus recuros.

19 – LATENCY = aqui você terá o resultado direto em milisegundos.


JACK SETUP / OPTIONS

Aqui estão as opções do aplicativo, sobre tudo como ficarão as conexões, o que aparecerá nas estatísticas e os scripts que são usados por padrão, normalmente esta aba assim como as próximas já vem em configurações adequadas por padrão.

JACK SETUP / DISPLAY

Aqui você escolhe como o Jack vai aparecer pra você, como o próprio nome já diz, os controles são bem intuitivos e simples como você pode ver

JACK SETUP / MISC

Bem, esta aba você tem acesso a opções comuns do Jack, mas relax, aqui você pode escolher se ele vai começar minimizado na bandeja, se vai entrar rodando, quais botões da interface dele vão aparecer, se ele vai suportar ALSA (que é a arquitetura avançada de som pro linux) enfim, acho que esplicar o que contém nesta aba pode ser um insulto a sua inteligencia então paro por aqui (hehe).

Bom se você leu até aqui e prestou a atenção devida a cada tópico, provavelmente você conseguirá configurar seu JACK perfeitamente, e ainda resolver quaisquer eventuais problemas que possam surgir. Agora se você não prestou muita atenção, sugiro que releia de novo este post, para não ter mais problemas.

Cenas do Próximo Capítulo

Na próxima iremos falar das conexões no Jack, e obrigado a todos os leitores e comentáristas!!

PS: . Algumas partes deste texto são traduções livres da documentação oficial do JACK, fui...


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Studio Linux BR?

Olá galera!
Eu sou o Ninja, e este é um blog relacionado a gravação e edição de audio usando programas opensource e freeware em plataforma Linux. Espero que curtam! Não deixem de conhecer meu trabalho musical no site www.ninjamusic.com.br