O estranho mundo de JACK – Parte I

Vamos agora a primeira parte do nosso esclarecimento do JACK. Reza a lenda que uma vez no linux o JACK só podia ser rodado do terminal, e nessa época obscura os usuários linux sofriam demais com toda a complicação que era usar o JACK. Eis que surgiu a interface gráfica do JACK e os linux user foram felizes para sempre, ou quase (hehehe).

Pois bem o JACK é responsável pela comunicação entre os softwares e sua placa de som e isso faz dele um motor de audio muito útil e até por assim dizer imprescindível para trabalhar profissionalmente. Ao abri-lo você irá se deparar com sua interface gráfica. Vamos ao que significa cada um dos itens dele:

START – inicia o trabalho do JACK
STOP – para o trabalho do JACK (não diga...)
MESSAGES – exibe as mensagens do que vem ocorrendo com o JACK, com sua interferência e também sem ela
STATUS – mostra como está o JACK, e também como ele está se comportando
CONNECT – mostra as conexões que estão sendo feitas entre softwares e sua placa de som
PACHTBAY – é onde você pode salvar todas as conexões para não precisar refazê-las sempre que reabrir um projeto cheio de softs rodando ao mesmo tempo, as para que ele funcione corretamente é necessário que todos os aplicativos já estejam abertos antes de você abrir o patchbay salvo.
QUIT – para o JACK e o fecha instantaneamente (como você já podia imaginar)
SETUP – entra no menu de opções para suas preferências no uso deste aplicativo
ABOUT – informações sobre a versão do JACK que você está usando

Você agora deve estar pensando, tá mas e aqueles comandos stop/play e talz abaixo do visor o que são? Eles são usados quando você vai rodar dois ou mais programas sincronizados como por exemplo hydrogen tocando uma batera e o ardour tocando uma gravação de violão. Se os dois estiverm configurados para que o jack seja servidor de comunicação entre eles, por este comando você poderá rodar os dois ao mesmo tempo 100% sincronizados. E não só por eles, mas também nos plays/stops dos próprios programas, não é incrível??
O Console logo acima traz muitas informações pertinentes a todos nós, como se o jack está rodando e se está em realtime (RT), o samplerate com que o jack está trabalhando, uso do CPU em porcentagem, dados de sincronismo caso haja, e o numero de XRUNS ocorridos.

Você deve agora ter pensado: PORRA MAS QUE DIABOS É XRUN??? Calma, vamos a uma tradução livre do documento oficial que encontrei no site Estudio Livre:

“Bem, quando seu jack está devidamente configurado e você tem processador e memória ram suficiente para conectar todos os softwares que você precisa com ele atingimos a situação ideal e agora é só criar. Porém, existem alguns problemas que podem ocorrer atrapalhando o bom funcionamento do jack e dos processos de áudio em sua máquina. Os mais freqüentes são os chamados XRUNS e o efeito colateral de tentativas de correção deste: a alta latência.O XRUN quando muito alto, passa a inviabilizar o procesamento de áudio na sua máquina, dando uma sonoridade "mastigada" no processamento, pois o que acontece na verdade é que seu sistema operacional e hardware não estão conseguindo lidar com os paramêtros que você exigiu do jack, e você perde desempenho."

Isso já deve ser suficiente para que você saiba que devemos evitá-lo a todo o custo e vamos ver como evitá-los no próximo capítulo.

PS: Não esqueçam que temos uma comunidade do orkut que pode servir de fórum para tirar muitas dúvidas, entrem lá, o endereço está no menu ao lado...

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Eu sou o Ninja, e este é um blog relacionado a gravação e edição de audio usando programas opensource e freeware em plataforma Linux. Espero que curtam! Não deixem de conhecer meu trabalho musical no site www.ninjamusic.com.br